Jornal Oriente Médio Vivo – Edição 106

Junho 9, 2008

Assalamualaikum!

Anunciando a publicação da Edição nº 106 do jornal Oriente Médio Vivo.

As manchetes dessa nova edição são:

– Terrorismo em nome da “segurança nacional”
– Nova arma proibida – mas não para todos
– Resistência Iraquiana – eventos da semana

Além disso, é claro, a continuação da História dos Conflitos (Parte 106), tratando da misteriosa morte de Zia-ul-Haq, presidente do Paquistão, em 1988.

As duas versões estão prontas – impressa e online.

A versão em PDF pode ser baixada diretamente nesse link:
http://www.orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_106.pdf

Você pode também receber o jornal impresso gratuitamente em casa, contatando o seguinte e-mail:
contato@orientemediovivo.com.br

Agradeço a atenção de vocês.

Lembrem-se de visitar o nosso novo website oficial (www.orientemediovivo.com.br), com mais informações sobre o nosso trabalho e todas as edições passadas para serem baixadas de modo fácil e rápido, e nosso novo Fórum de Discussões (www.orientemediovivo.com.br/forum), um novo ambiente.

Humam al-Hamzah
Fundador e Editor
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br
_________________


A coexistência ainda é possível

Junho 6, 2008

Por Humam al-Hamzah
Jornal Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br

A COEXISTÊNCIA AINDA É POSSÍVEL

Nos 60 anos, todos aqueles que tentaram alcançar uma solução legítima e pacífica para a questão da ocupação de Israel das terras palestinas enfrentaram o mesmo obstáculo – o senso arrogante de invencibilidade militar por parte de Israel, unido à cumplicidade criminosa dos Estados Unidos. Mas a história é testemunha de que as armas nucleares ilegais do “lar nacional judaico”, aliadas aos bilhões de dólares estadunidenses investidos em sua capacidade militar, não serão suficientes para garantir a “segurança” das terras ocupadas.

Apesar da série de derrotas militares contra o Hizbollah, no Líbano, e a provada ineficiência em controlar os ataques de foguetes palestinos, Israel ainda não acordou para o fato de que a sua “invencibilidade” é um mito. Enquanto o “lar nacional judaico” ainda pode celebrar a sua ambígua versão da história, o país não consegue eliminar o povo palestino – um povo simples, armado devido à esperança de sobreviver e recuperar o que, por direito, lhes pertence. O mesmo desafio enfrentaram os Estados Unidos no Vietnã, e a França na Argélia, para citarmos alguns. O povo palestino não vai desaparecer simplesmente, abrindo caminho para a expansão da colonização ilegal israelense. As tentativas de dividir os palestinos, instigar a violência civil e colocar no poder falsos “representantes” da Palestina falharam no passado – não é diferente hoje, e não será no futuro.

Ao lidar com o conflito como se fosse gerado pela “ganância árabe” e pelo “terrorismo palestino”, Israel ganhou simpatia no Ocidente, ofuscando assim aquilo que deveria ser um autêntico exemplo de injustiça, subordinada ao colonialismo e à limpeza étnica da Palestina. Ao descrever os palestinos como uma “ameaça”, um “problema” ou uma “bomba demográfica”, como é comum nos termos sionistas, observamos nada menos que racismo ignorante. Pelos seus 60 anos de existência, Israel tratou os palestinos – os verdadeiros habitantes nativos da histórica Palestina – como indesejados e desprezíveis residentes de uma terra que teria, supostamente, sido “prometida somente aos judeus” milhares de anos atrás. Esse conceito arcaico que define a política de Israel, que também é sustentado pelos Estados Unidos, permite que ainda hoje alguns grupos religiosos discriminem e reprimam brutalmente os palestinos, seja dentro dos muros de Israel ou nos Territórios Ocupados.

Se Israel está mesmo interessado em uma resolução pacífica para esse violento conflito (algo que é colocado em xeque diariamente por sua conduta criminosa), uma solução baseada em direitos humanos e legais, justiça, segurança e paz duradoura, deverá aprender em breve um novo conceito: o de coexistência. Árabes e judeus conviveram em paz por milhares de anos antes da invenção do Sionismo, algo que certamente também é possível no futuro se esse quesito problemático for esquecido. Qualquer outra solução seria simplesmente institucionalizar o racismo e o apartheid, minar a democracia e os direitos humanos e, portanto, perpetuar a violência.

FONTE:
Jornal Oriente Médio Vivo –
http://www.orientemediovivo.com.br
Edição nº105 –
http://orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_105.pdf

_________________
Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br


O colapso de um “dependente” de petróleo

Junho 4, 2008

Por Humam al-Hamzah
Jornal Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br

O COLAPSO DE UM “DEPENDENTE” DE PETRÓLEO

As invasões ao Afeganistão e ao Iraque não marcaram somente humilhantes derrotas morais, políticas e militares para os Estados Unidos, mas também a queda do chamado “único superpoder”. Assim como o fim da União Soviética (1991) foi simbolizada pela derrubada do Muro de Berlim (1989), a “Nova Cruzada” de George W. Bush reflete a nova fase do declínio do imperialismo estadunidense. Ironicamente, apesar de ter invadido o Iraque para tomar posse dos recursos minerais, os Estados Unidos foram derrotados pela sua dependência incontrolável por petróleo.

Atualmente, um soldado médio estadunidense no Iraque gasta cerca de 80 litros de combustível diariamente. Esse é um número importante a ser considerado, uma vez que ele representa mais do que o dobro do volume diário consumido pelos mesmos soldados em 2004. Esse dado reflete o quão despreparados estavam os estadunidenses quando decidiram invadir o Iraque em 2003 – cinco anos depois, os gastos dobraram, e nenhum sucesso está previsto. Segundo o Centro de Suporte Energético da Defesa do Pentágono, são gastos mais de 11,5 milhões de litros de petróleo por dia somente no Iraque. É esse um dos problemas que assola os Estados Unidos.

Historicamente, controlar o petróleo do Iraque foi o fator predominante no envolvimento dos Estados Unidos naquele país. Na “guerra contra o terrorismo”, não é surpresa que o petróleo seja o principal foco estratégico para a Casa Branca. O primeiro objetivo das forças invasoras em 2003 era a captura de terminais e campos petrolíferos do país. Em 20 de março de 2003, os estadunidenses travaram o primeiro combate da guerra, quando lançaram uma invasão-surpresa aos terminais cargueiros de petróleo de Mina al-Bakr e Khor al-Amaya, no Golfo Pérsico. Poucas horas depois, o tenente Therral Childers tornou-se o primeiro militar estadunidense a morrer em combate na invasão, ao combater no campo petrolífero de Rumaylah, sul do Iraque. A história não foi diferente quando as forças de invasão chegaram a Bagdá em 8 de abril. Embora a Biblioteca Nacional do Iraque, os Arquivos Nacionais e o Museu Nacional de Arqueologia fossem saqueados e queimados, o edifício do Ministério do Petróleo permaneceu intacto. Isso aconteceu devido a uma operação especial com soldados e meia dúzia de veículos de assalto, designados para a guarda do ministério e de seus registros.

Contudo, os militares e o novo governo-fantoche de Bagdá, colocado no poder pelos estadunidenses, não conseguiram assegurar-se do estilhaçado setor petrolífero iraquiano. De acordo com A.F. Alhajii, economista e professor estadunidense da Universidade de Ohio, “seja quem for que controle o petróleo do Iraque, ele controla o Iraque”. Entretanto, desde a invasão em 2003, não existe tal pessoa. Os invasores nem sequer têm poder para controlar territórios no Iraque. Eles são apenas uma das muitas milícias que competem pelo poder num Estado sem leis. Fato que reflete isso é que o próprio consumo de petróleo dos estadunidenses no Iraque é importado do Kuwait. Só em 2006, o Centro de Suporte Energético da Defesa do Pentágono comprou cerca de 910 milhões de dólares em combustíveis para motores da empresa estatal Kuwait Petroleum Corporation. Portanto, a ocupação nada tem de dominação.

Somente em 2007, os militares queimaram mais de 4,2 mil milhões de litros de combustível no Iraque. Mais de 5 mil caminhões-cisterna estão envolvidos no transporte combustível – um investimento caríssimo. Em novembro de 2006, um estudo da Academia Militar dos Estados Unidos estimava que entregar um galão (3,78 litros) de combustível no Iraque custa 42 dólares aos contribuintes estadunidenses, sem incluir o custo do próprio combustível. Para aquela taxa, cada soldado custa 840 dólares por dia. Para manter os 160 mil militares no Iraque, os Estados Unidos gastam 923 milhões de dólares por semana, ou seja, um terço de todas as despesas com o andamento da guerra. Essa ascensão dos gastos com combustível é conseqüência direta da campanha da Resistência Iraquiana. As forças estadunidenses foram forçadas a defender-se dos famosos IED (dispositivos explosivos improvisados), artefatos caseiros responsáveis por mais de 50% das baixas da ocupação no Iraque. Os militares investiram milhões de dólares em contramedidas de alta tecnologia para combater a Resistência, mas fracassaram.

A administração Bush decidiu adotar uma estratégia que não tem precedentes na história estadunidense – perseverar numa guerra que já foi perdida nos quesitos moral, estratégico e militar. E o prosseguimento desse combate tem seus custos. Os Estados Unidos estão hoje muito mais fracos, em todos os setores, do que quando Bush tomou posse de seu primeiro mandato, em 2000. O poder dessa nação consumida pelo vício em petróleo continuará a deteriorar-se. Haverá a retirada do Iraque, mas não em um momento escolhido. Ao invés disso, o conflito finalizará quando não houver mais capacidade econômica para travar a guerra, e esse momento não está muito longe. Dessa forma, pode-se afirmar que a guerra no Iraque assinala o fim do intervencionismo de grande escala dos Estados Unidos da América.

FONTE:
Jornal Oriente Médio Vivo –
http://www.orientemediovivo.com.br
Edição nº105 –
http://orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_105.pdf

_________________
Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br


Jornal Oriente Médio Vivo – Edição 105

Junho 2, 2008

Assalamualaikum!

Anunciando a publicação da Edição nº 105 do jornal Oriente Médio Vivo.

As manchetes dessa nova edição são:

– O colapso de um “dependente” de petróleo
– A coexistência ainda é possível
– Resistência Iraquiana – eventos da semana

Além disso, é claro, a continuação da História dos Conflitos (Parte 105), tratando do atento terrorista estadunidense contra o vôo Iran Air 655, em 1988.

As duas versões estão prontas – impressa e online.

A versão em PDF pode ser baixada diretamente nesse link:
http://www.orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_105.pdf

Você pode também receber o jornal impresso gratuitamente em casa, contatando o seguinte e-mail:
contato@orientemediovivo.com.br

Agradeço a atenção de vocês.

Lembrem-se de visitar o nosso novo website oficial (www.orientemediovivo.com.br), com mais informações sobre o nosso trabalho e todas as edições passadas para serem baixadas de modo fácil e rápido, e nosso novo Fórum de Discussões (www.orientemediovivo.com.br/forum), um novo ambiente.

Humam al-Hamzah
Fundador e Editor
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br


O Lado Nazista da Família Bush

Maio 30, 2008

Por Humam al-Hamzah
Jornal Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br

O LADO NAZISTA DA FAMÍLIA BUSH

Que a face de “aliado incondicional de Israel” é representada diariamente pelo governo de George W. Bush, isso não é notícia. Mas a ironia por trás do mais recente discurso do presidente estadunidense no Knesset, em que ele reviveu o caso de um senador isolacionista dos EUA, William Borah, a quem se atribui a fantasia de que, se ele tivesse podido falar antes com Adolf Hitler, teria sido possível evitar a invasão nazista da Polônia em 1939, é que a própria família Bush teve um papel vital em dar suporte ao regime nazista.

Em discurso ao Parlamento de Israel em 15 de maio, Bush afirmou: “Há quem acredite que nós deveríamos negociar com terroristas, como se houvesse algum argumento engenhoso capaz de persuadi-los de que estão errados todo este tempo. Nós já ouvimos essas tolices antes. Quando os nazistas invadiram a Polônia em 1939, um senador americano declarou: ‘Deus! Se nós ao menos tivéssemos conversado com Hitler, tudo isto teria sido evitado’”. Claramente, tratava-se de um ataque a Barack Obama. Mas se William Borah, autor da citação usada por Bush, pode ter parecido ser ingênuo, o que dizer então sobre o papel da família Bush em providenciar assistência bancária e industrial para os nazistas construírem suas máquinas de guerra na década de 1930?

Evidências arquivadas pelo governo estadunidense, recentemente abertas para pesquisa pública, mostram claramente que Prescott Bush, avô de George W. Bush, era diretor e investidor de empresas que lucraram e colaboraram diretamente com o fortalecimento do regime nazista alemão. Mais irônico do que isso, essa profunda relação de negócios continuou depois de Hitler ter invadido a Polônia em 1939, e até mesmo depois de a Alemanha ter declarado guerra contra os Estados Unidos, após o bombardeio japonês de Pearl Harbor, em 1941. Essa aliança entre a família Bush e Adolf Hitler só chegou ao fim em 1942, após o governo estadunidense ter declarado o “Ato de Troca com o Inimigo”, que acabou por congelar os negócios entre ambas as partes. Não por interesse próprio, mas forçado pela nova lei, a família Bush deixou de trabalhar com os nazistas.

Obviamente, esses são detalhes que a mídia corporativa ocidental não comentará até alguns anos após a aposentadoria de George W. Bush, quando novos criminosos estiverem no poder e sob proteção nos Estados Unidos. Mas certamente um discurso mais honesto perante o Knesset deveria conter um pedido formal de desculpas ao povo judaico, vindo de um beneficiador direto de negócios que impulsionaram os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Quem sabe, uma apologia em nome de uma família que, por sua ganância, contribuiu com a matança de milhares de judeus em troca de benefícios comerciais? É inegável que a riqueza da família Bush, que acelerou o seu fortalecimento político nos Estados Unidos, derivou em grande parte da colaboração com os nazistas, fazendo uso da mão-de-obra escrava de Auschwitz e outros campos de concentração.

George W. Bush aparentemente não viu motivos para lembrar o mundo de mais um capítulo negro de sua história, afinal, são fatos que desapareceram da consciência pública após a Segunda Guerra. Protegido por advogados influentes e amigos políticos, Prescott Bush colocou de lado o escândalo e garantiu uma cadeira no Senado, iniciando a dinastia Bush na política estadunidense. Mas pensando bem: existiria o “Estado de Israel” sem o trabalho dos nazistas? Talvez os Bush sabiam muito bem qual era papel o deles.

FONTE:
Jornal Oriente Médio Vivo –
http://www.orientemediovivo.com.br
Edição nº104 –
http://orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_104.pdf

_________________
Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br


Jornal Oriente Médio Vivo – Edição 104

Maio 26, 2008

Assalamualaikum!

Anunciando a publicação da Edição nº 104 do jornal Oriente Médio Vivo.

As manchetes dessa nova edição são:

– Hizbollah: “Missão Cumprida”
– O lado nazista da família Bush
– Resistência Iraquiana – eventos da semana

Além disso, é claro, a continuação da História dos Conflitos (Parte 104), tratando do atento terrorista estadunidense contra o vôo Iran Air 655, em 1988.

As duas versões estão prontas – impressa e online.

A versão em PDF pode ser baixada diretamente nesse link:
http://www.orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_104.pdf

Você pode também receber o jornal impresso gratuitamente em casa, contatando o seguinte e-mail:
contato@orientemediovivo.com.br

Agradeço a atenção de vocês.

Lembrem-se de visitar o nosso novo website oficial (www.orientemediovivo.com.br), com mais informações sobre o nosso trabalho e todas as edições passadas para serem baixadas de modo fácil e rápido, e nosso novo Fórum de Discussões (www.orientemediovivo.com.br/forum), um novo ambiente.

Humam al-Hamzah
Fundador e Editor
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br


Jornal Oriente Médio Vivo – Edição 101

Maio 5, 2008

Assalamualaikum!

Anunciando a publicação da Edição nº 101 do jornal Oriente Médio Vivo.

As manchetes dessa nova edição são:

– Iraque: perguntas sem respostas
– Os mortos que não são contados
– Resistência Iraquiana – eventos da semana

Além disso, é claro, a continuação da História dos Conflitos (Parte 101), tratando do início da Primeira Intifada na Palestina, em 1987.

As duas versões estão prontas – impressa e online.

A versão em PDF pode ser baixada diretamente nesse link:
http://www.orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_101.pdf

Você pode também receber o jornal impresso gratuitamente em casa, contatando o seguinte e-mail:
contato@orientemediovivo.com.br

Agradeço a atenção de vocês.

Lembrem-se de visitar o nosso novo website oficial (www.orientemediovivo.com.br), com mais informações sobre o nosso trabalho e todas as edições passadas para serem baixadas de modo fácil e rápido, e nosso novo Fórum de Discussões (www.orientemediovivo.com.br/forum), um novo ambiente.

Humam al-Hamzah
Fundador e Editor
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br
_________________
Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br